A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

POEMA HOMENAGEM



RENATA MARIA PAREIRA CORDEIRO (RÊ PARA OS AMIGOS)
PRESTOU-ME ESTA HOMENAGEM QUE, PROPOSITADAMENTE, POSTO PARA A TRANSIÇÃO 2009/2010.
A AMIZADE APENAS SE PAGA COM AMIZADE, NESSA BASE, NA MINHA MODÉSTA PONDEREI CONTINUR A SER  SIMPLEMENTE EU.
FICAM OS MEUS AGRADECIMENTOS À RENATA E O SINCERO DESEJO QUE NO ANO 2010 ALCANCE TUDO O QUE DESEJA.

RENATA

BORBOLETA
Poema dedicado ao grande Poeta e querido amigo Daniel Costa

Uma borboleta sai voando
Num instante
Como num passe de mágica
Não te mexas!
O tempo parou...
Boêmia de turquesa
De um azul nacarado
Flor sem haste
Não há nada mais belo
Do que um acompanhamento poético


POEMA O FOTOS DE RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO

Postado por Daniel Costa

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Poema






Iha de Açailandia - Maranhão (foto Internet)






RAIMUNDA

É de Açailandia do Maranhão
Não da Imperatriz do mesmo Estado
Será imperatriz da paixão
A mulher Raimunda
Mulher elegantemente bonita
De sensualidade profunda
Mãe atraente
Desvelada, filho risonho feliz
Mulher mãe ao largo contente
É assim a Raimunda apaixonada
Sofrerá interiormente?
Lutou, conseguiu o que quis
O que teve em mente
Para atingir ser inteiramente feliz
Irá ter de lutar eternamente
O escudo será o petiz
Um poeta terá o condão
O Condão de imaginar o que diz
Raimunda minha amiga
Atingirás a plena felicidade
Lutas, caminhos aplainas sem fadiga
O quanto és bela interiormente
O poeta te conhece, que o diga
Raimunda mãe
Mulher
Mulher de bem
Mulher criadora
De felicidade também

 

Daniel Costa




sábado, 26 de dezembro de 2009

Poema






SENHORA MINHA MÃE

Como se fossem bênçãos do além
Considero muito as mulheres
Fazem-me lembrar a minha doce mãe
Gerou nove filhos
A todos dedicou desvelos
Até a primeira, recordava com carinhos
A Esperança feneceu bebé, criança
Nunca a esqueceu
Ficou sempre como uma doce lembrança
A minha analfabeta mãe
Tinhas o gosto pela vida
Eras terna e inteligente, como ninguém
As árvores conhecem-se pelos frutos
Que delas provêm
Os maridos das tuas filhas
Aceitaram ser teus filhos também
Revelaste-te para eles
Uma segunda, uma terna mulher mãe
Netos dezasseis a ternura
Chegou a eles também
Em vida, bisnetos não conheceste
A abençoá-los estarás porém
Lá no Céu
São todos ainda miúdos aquém
Vejo na minha netita,
O teu sorriso mãe
A tua imaginação, a ternura com teu varão
Continuo a adorar as mulheres, esses amores
Fazem lembrar-me como eras então
Nunca esqueci que adoravas os jarros, as flores


Daniel Costa

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Poema


Árvore de Natal 2009 - Avenida do Uruguai, BENFICA - LISBOA







ANJO SEDUTOR

Conta-se que um dia
Um Anjo sedutor
Apareceu a Maria
Passaram mais de dois mil anos
Sem pecado ela conceberia
A partir do seu ventre a maldade
Do mundo desapareceria
Porém este mundo foi sempre de enganos
A maldade sempre proliferaria
Tinham passado os profetas
O menino nasceria
Apenas uma profecia: humildade!
O mundo assim seria
Numa pobre gruta de Belém
Para preconizar o bem Jesus viria
Deus feito homem aos humildes clamava
Maria Madalena conheceria
Três mulheres
As que muito honraria
Ana, Marta e Maria Madalena
Sua mãe deixaria ser apenas Maria
A maldade humana era tanta
Que pregado numa cruz morreria
Deixou discípulos a clamar
Por todos os lados até em desertos
Valeu nada
A maldade, os homens fez despertos
Muitos dos grandes do mundo
Continuam a usar a prepotência, como em desertos
Neste Natal, em todos os Natais
Censuro-te mundo pelos infiéis e desonestos
Lutarei sempre mais
Para que o Anjo sedutor
Convoque todas as Marias do mundo
Para que sempre nele floresça o amor
Bem vindo sempre
Um Anjo salvador, ainda que sedutor

 
Daniel Costa


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Poema









DOIS MENINOS

 

Em determinada aldeia
Um par de ternos meninos
Casas, caiadas não era feia
Eram bonitos e ternos os bambinos
De mãos dadas nas ruas passeavam
No sítio onde se havia de erguer a escola
Caboucos abertos, a água grassava
Encimada por lâminas de gelo
Com ele o par de meninos brincava
A candura, a inocência
Nos seus corações, o calor morara
Amavam e obedeciam aos pais
Depois o par voltava
Cordel a fazer de cinto
O miúdo as calças apertava
Sapatos da cor da pele
Além da candura, o par usava
Um dia ao aproximar-se o Natal
Disse ela, podemos pôr o sapatinho
Na chaminé, nunca praticámos o mal
Sabes?
Dos de usar aos Domingos, na noite de Natal
Dizem que Jesus com saco aos ombros
Desce as chaminés a contemplar do seu bornal
Os meninos bonzinhos
Que obedecem aos pais como nós afinal
Disse ele:
Disse o meu pai, mesmo no Natal
Jesus só desce chaminés alvas
Famílias de ricaços
Mesmo que pedantes e marialvas
Conversaram, aposta feita, isto é:
Na noite de fria de Natal os sapatinhos
Puseram na chaminé
Ela no sapatinho encontrou cinquenta centavos
Pais pobres, talvez mais ternurentos
Ele sapato vazio, sem prendas nem avos
Era assim nesses tempos, ele e ela
Nesses tempos dos centavos

Daniel Costa




sábado, 19 de dezembro de 2009

Poema








FERNANDA



Se anda, se ciranda
Sempre a gostosa lisura
Adora-se a Fernanda
Veio do Arquipélago dos Açores
Ininterruptamente em fotografias
Apresenta as ilhas dos amores
São amores de Portugal
Apesar da insularidade
Ali uma bela imagem do Pais afinal
Que a Fernanda ama
Já mostrou a Lagoa das Sete Cidades
Enterrado na terra com o calor intenso
Cozinhados, satisfazem palatos de todas as idades
O chamado cozido à portuguesa
O panelão embrulhado numa serapilheira
O cozido no calor brando da terra
Apresenta um odor inesquecível a vida inteira
Mas a Fernanda? A mulher que escuta a alma
Nota-se no recanto que mira e fotografa
Na sua bela poesia que acalma
Dirá alguém que a mulher bela
Sabe cativar amizades
Terá um coração, como uma esbelta tela
É assim a Fernanda, gosta-se
Sabe apresentar-se, veja-se como é bela
Uma portuguesa insular bonita
Que na capital, Lisboa
Amar e fazer-se amar será sua dita

 

Daniel Costa


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Poema




Cidade da Riviera, Uruguai, Oblisco à Paz









CELINA

 
Mora na Riviera, não na francesa
No hemisfério sul, outra costa
No Uruguai, outra estância com certeza
A ampla cidade da Riviera
Outra solarenga beleza
Cidade da Paz
Sempre um mundo de singeleza
Beleza tem a Celina, essa concertista
De seduzir, de fazer reflectir com destreza
Mostrar a sua natureza de mulher
Mulher de sentimentos de pureza
Ali na fronteira sul do Brasil
“Habla” a língua portuguesa
Mulher mãe a sua arte a detém
Vive serões a tocar piano
Deseja apresentar forma além
Mulher bela e bonita
Porte atlético, bela mulher mãe
Quando passa, olha-se ninguém dirá
Passa uma alma de fazer germinar o bem
Prende o olhar, ela é um amor
Sempre interessante elegante e bonita
Como uma se fora uma flor
Generosa até mais não
Não se vê, mas observando bem
Vislumbra-se a interessante beleza interior
Essa mulher de quem se gosta
Se acena de perto, há o teclado do computador
Eis a interessante Celina
A mulher elegante e bela, mulher amor
Depois de a conhecer bem
Gosta-se do seu olhar gaiato e sedutor

Daniel Costa





segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Poema



O PRESENTE POEMA ESCRITO COM O ESPECIAL INTUITO DE O DEDICAR A RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO. EIS QUE NO BLOG COLECTIVO "POESIA EM LÍNGUA PORTUGUESA" ONDE A MARTA É PARTE IMPORTANTE, ME ESTÁ DEDICADO UM POEMA DO GRANDE BAUDELAIRE, EMBORA O NOME ESTEJA AUSENTE DO POEMA., RESOLVI TORNAR A DEDICATÓRIA EXTENSVA A OUTRA BELA POETISA, DE NOME MARTA E AO GRANDE PORTO, SEGUDA CIDADE DE PORTUGAL, ONDE TENHO RAMIFICAÇÕES FAMIALIARES PRÓXIMAS.

link do poema que me foi dedicado, que aconselho a ler, a quem gosta deveras de boa literatura poética:

http://blogrenatapoesia.blogspot.com/

Também me apraz dedicar em especial à Marta, o post que diz respeito à excelência do vinho do Porto. Sou o autor do post, digo que valerá a pena ler. Sempre à  disposição no "mundo e vida":

http://mundoevidadaniel.blogspot.com/search/label/Fidalguia%20no%20Porto




BELEZA E ERUDIÇÃO


Encontrar na natureza
Será difícil não impossível
Juntos erudição e beleza
Sempre a imperfeição
Ainda que seja na realeza
Predicados nesta condição
Visíveis invejas, faltas de gentileza
Porque não
Se tenta antes a pureza?
Saber sempre mais
Seria mais sensato ver na sabedoria, mais beleza
Perseguir a justiça e a verdade
Não seria altruísmo de certeza
Mais verdade
Outra verdade, a singeleza
Nessa dimensão, nessa galáxia
Podemos encontrar beleza
Eis o intróito para falar da Renata
Essa mulher de bela singeleza
Há bastantes mulheres eruditas
Como a bela Renata, a Rê
Bastantes mulheres haverá de certeza
Sei eu, como sabe você
Predicados juntos
Difíceis haver explico porquê
É apenas opinião
Baseada no que se sabe e se lê
A mulher não se eleva
Medita-se nos exemplos já se vê
Sem pretensões, pelo que escrevem
Desnudam-se os corações a quem crê
Como se pensa e escreve
Até um deus menor observa e antevê
Cinéfila como a Renata
Como comenta filmes só a Rê
Multifacetada tradutora
Bastantes livros e documentos traduz
No que é Senhora
Opinião formada por inúmeros factos
De eficaz cooperadora
Da diva, da musa direi
Eis uma mulher bela e sedutora
Chama-se Renata, para os amigos Rê
Daniel Costa


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Poema






POETA EVERSON

Porque não a portuguesa guitarra?
Acaricia o violão
Toca e escreve com garra
Everson esse poetão
Honra Belo Horizonte
Com a sua poesia, estar no serão
Não sobe ao monte
Apregoar no sertão
Os seus poemas de sensualidade
O amor sem sombra de pecado
Atraindo quem ama de verdade
Sem lirismos
Escreve a mostrar a sua humanidade
De belo Horizonte para o mundo
A eterna serenidade
Dirige ao mundo carecido de pura verdade
O poeta ama, adora a mulher
Chega ao seu coração a exalar humildade
Adora-se este poeta roqueiro
Sua poesia podia
Ser ouvida pelo mundo inteiro
O gosto pelo natural
Naturalmente sai do tinteiro
Com tintas de variegadas cores
A convergir, normais
Para o amor sem pudores banais
Do imenso Brasil, de Belo Horizonte
O poeta Everson
Acena com actos belos, naturais

Daniel Costa



quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Poema






LUA-DE-MEL / LUA DE FEL



Um dia conversei
De algo, não é assim tão normal
Como não é banal eu sei
Alguém questionou
Que é a lua-de-mel?
A pergunta aflorou:
Não haverá apenas no papel
Ou a infelicidade por mim passou
Chamaria a pós união lua de fel
No caso, tal afirmação
Em cavaqueira serena
Fez meditar então
Mundo com algo de vil
Desejar uma união
Um campo que devia ser garrido
Para plantar a desilusão
Oh mundo vil
Pensar só em semear confusão
Haverá doença mental
A deixar rasto de desunião
Que devemos fazer?
Para obter a felicidade então?
Vejo o sonho, a fantasia
O optimismo sempre à mão
Julgam que não perfilho
A eterna sensibilidade, o filão?
Mundo enganador
Mundo onde em meio
Pode estar mesquinhez
Dizer sem receio
Repetir outra vez

Daniel Costa



domingo, 6 de dezembro de 2009

Poema

RECEBI DA BOA AMIGA E POETISA, ANA MARTINS.

Agradeço e deixo regras:


Escolher dez amigos para declarar a nossa amizade e os nomeados, para que continuem a DECLARAÇÃO DE AFECTO por dez dos seus melhores amigos.


Não há selos ou prémios, apenas a nossa declaração sincera de afecto.

A minha declaração de afecto vai para:

EVERSON
SARITA
VANUZA
VALENITA
BANDYS
RENATA
FERNANDA
SUSY
ZÉLIA
VERÓNICA

Uma local do Semanário SOL, de Lisboa, em 4/12/2009









RELÓGIOS DE SOL


Mocidade talvez grandiosa
Imaginação aventura
Nem de perto nem de longe ociosa
Diriam dura
Para mim aventurosa
Muito criança azáfama segura
Vida bastante vivida
Havia o sonho, a ideia de aventura
Recordo e sorrio *
O pai era especialista (?) a podar e empar *
Videiras, em parcelas, abrigadas de caniceras *
Ali no Oeste à beira-mar
Destinava trabalho aos filhos
Enquanto a jorna do dia ia ganhar
No fanfarrão e noutras courelas
Quando o estômago pedia para jantar*
Havia uma cana, como relógio de sol
Indicava o meio-dia, o jantar * prestes a chegar
Por vezes calhava Pedrógãos
O sítio é lindo, embora pareça isolado
Avistava-se a igreja da Rebera *, não havia imbróglios
Quando na fachada o sol batia
Os estômagos exultavam:
- Pelo sol, meio-dia!
O sonho e aventura comandavam
A aventura mais sonhada, de chegar um dia havia
Sonhada, aventurosa, acariciada
Raiou um belo dia
Recordar, a aventura dos relógios de sol
A meninice será recordar não é fantasia
Recordar a aventura
Que passou um dia, como se fora maresia
Junto ao mar
Alegrias da meninice que foram um dia

Daniel Costa


*sorrio: recordo que aos 17 anos podava e empava videiras, nunca as do meu pai, ou outras da minha aldeia de nascimento
*canicera = caneira: sebes de caniço seco

*jantar: refeição do meio-dia solar
*Rebera: Ribeira - o nome que se dava muito à aldeia de Riba Fria

D. C.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Poema






Activista na luta contra a violência doméstica

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

E A MULHER


Um ser humano uma mulher
Tem sentimentos apurados
Mais sensível que um homem qualquer
A avó, a mãe, a filha, a amante
Por vezes a secretária
Eis a fusão de sentimentos da mulher
Sua sensibilidade, sua humanidade
Complementam a amizade que se quer
Quando homem e mulher se unem
Há dois corações
A princípio amantes que se fundem
Na cordialidade
Devem cultivar um grande amor
Amor de humanidade
Poderá fenecer o amor
Nunca o sentido da humana lealdade
Conjugaram-se homem e mulher
Que nunca falte sinceridade
Podem acabar os amores carnais
Jamais o amor de humanidade
Há mulheres que também usam rebeldia
Tanto ela como ele
Terão presente uma mente doentia
Será necessário
Ter o sentido do humanismo em dia
Acabar o amor hoje, não dispensa
Se pense na sensibilidade do amor de outro dia
Homem e mulher juntos formam uma unidade
Biologicamente diferentes, é certo
O fim deve ser amar até a eternidade
Excluam-se violências
Faltas de humanidade
Não pactuemos com um mundo onde
Prolifera a insanidade, quiçá a maldade
A mulher a sofrer as loucuras
A doentia desumanidade

 

Daniel Costa