A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

segunda-feira, 31 de maio de 2010

POEMA NINHOS E PÁSSAROS




NINHOS E PÁSSAROS

Com o mundo animal irracional
Excepção para os passarinhos
A vasta relação não terá sido normal
Dos pássaros procurei ninhos
Um dos brinquedos de quando garoto
Os pássaros degustar fritinhos
Depois de achar e cuidar dos ninhos nos vinhedos
Não pensem mal
Na época, no lugar e no tempo
Tenra idade, tudo foi normal
A sensação de aventura
Viver no e do reino animal irracional
Não havia animais de estimação
Começo: aquando muito garoto
Era Domingo, visitava um tio
Fui abordado pelo cão de guarda, o piloto
O guardião retraçou-me a roupa de fio a pavio
A mãe vestia-me a preceito
Antes de entrar na casa do tio
Houve que retroceder, esconder o peito
Os encantos passaram a ser plantas, o fio
Onde chilreavam passarinhos, fazendo efeito
Na serena Primavera,
O seu canto, seus ninhos,
Tornavam o mundo um sonho, uma quimera
A fazer sonhar, debaixo da grande figueira
Um melro de bico amarelo
Juntava-se às aves de capoeira
No mesmo recipiente água aparecia a beber, o marmelo!...
Visando apanhá-lo e aprisioná-lo numa gaiola
Construí uma armadilha
Apanhá-lo vivo consegui, deuses!... como fui artola!
Preso entristeceu, a tremer como pilha
Deixou de ser belo, bonito
Até que… de tristeza morreu
Seu destino foi ser deglutido frito
O seu destino foi o natural

Daniel Costa


sexta-feira, 28 de maio de 2010

POEMA BIZARRIAS


BIZARIAS

A vida não seria como uma fobia
Havia necessidade improvisar
O que se chamaria hoje bizarria
Por inventar acabei
Seria improvisação para a folia
A moda da cabeça léu eu criei
Podem duvidar, chamar bizarria
Era assim no meu berço, no século passado
Era ainda no outro dia
Todo o mundo usava a boina espanhola
Ao Domingo distinguia
Poder usar boné de feltro, era mais pachola
O mais abastado sorria
Seguia na gandaia com o artola
Do improviso, a moda criei
Deu censuras… Risos, devia antes usar cartola!
Seria mais bonito, menos cinzento
Até que num outro dia, todos foram imitando o sacola
Seguiram sempre a dança, a bizarria
A crença, a esperança
No alvorecer do outro dia
As festas em lugares mais distantes
Mais sofisticados para a folia
Em meios de mulheres elegantes
A modinha das cabeças ao léu
Seus olhos brilhantes
Ao reparar em cocurutos sem chapéu
Ficavam refulgentes como puros diamantes
Num meio pacato como bizarrias
Haveria mentes brilhantes?

Daniel Costa


terça-feira, 25 de maio de 2010

Poema


ERUDIÇÃO

Meditar será condição
Dentro da cultura
Em que lugar colocar a erudição
Estaremos em frente dum erudito
Se o virmos falar de literatura
História antiga como se fora perito
Falará na matéria de modo vivaz e sumário
Percebe-se que refere eras antigas
Não raro com saber hereditário
Terá cultura académica
Que mais lhe acentuará o breviário
Será diferente de outros tipos de cultura
A naif, a autodidacta também
O homem sonha e chega à altura
A dose de loucura à mistura com talento
O que cria novos valores é o sábio
Ao mundo traz novo alento
Valores que não existiam
Tudo isto é ser culto e ter talento
Procurar sempre sorrir ver e ir longe
Olhando um mundo desatento
Devemos ver nestas mentes
Tenaz e vivo exemplo

Daniel Costa

domingo, 23 de maio de 2010

Poema




POEMA EMOÇÃO

Viver a vida na ilusão
É como navegar num oceano
Num mar de confusão
O sonho sim, sempre me conduziu
A esse sempre dediquei devoção
O meu ego sempre o atraiu
Sempre de vida condição
A ideia do sonho me distinguiu
Também como maravilhosa recordação
A condição que a mente fruiu
Como o eterno luar
Que o meu sentir viu
Um tilintar como entre taças de cristal
Que o coração sentiu
Do sonho à realidade
De tempo pode demorar espaço
Se procuramos com realizações
Atingir o sonho, havendo querer de aço
Nunca se terá muita idade para emoções
O espaço tempo joga a favor
Esperar por desejadas comoções
Que souberam esperar
Resultados ao lutar pondo de parte ilusões
Sonhos e boas sortes
Conduzem a um saber querer
De emoções fortes
Abençoado o mundo
Que me conduziu sem desnortes

Daniel Costa

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Poema



ODIAR OU AMAR

Há quem veja no verbo odiar
A plataforma, a norma
Para chegar ao verbo amar
Não será uma ilusão
Odiar, depois amar
Será uma estrada
Um caminho, um limiar
Trilhemos esse caminho
Ao amor havemos de chegar
Desdenhar, evitemos
Assim atingiremos o verbo amar
Amemos o mundo
Amemos para o salvar
Sabemos estar numa plataforma
Torpe com o mal a roçar
Como podemos odiar?
Simplifiquemos
Vamos sufragar
Vamos prometer aos deuses
Sempre amar
O mundo espera que amemos
Da nossa luta para o salvar
Usemos a nossa conduta
Lutemos sem tréguas para o amar

Daniel Costa

terça-feira, 18 de maio de 2010

Poema



QUIMERA

Sonho de Primavera
Ver sempre o universo florido
Será sonho, será quimera?
Não, vida de sonho!
Sempre nos espera
Procuremos viver sorridentes
Na mente a permanente quimera
O sonho poderá ser realidade em repentes
Procuremos viver nessa esfera
Reparar bem nas flores presentes
Os presentes que a vida pode dar
Amemos e trabalhemos em todas as vertentes
Quimera aventura e sonho
A procura de ser feliz em todas as frentes
Ainda que se sinta um repente medonho
Saibamos encara-lo
Não passará de um momento tristonho
Será um aviso
Não vá a mente se desencaminhar
Devemos encarar com um sorriso
Viver sorridente
Sempre o sonho a quimera e o siso
A levedura, a mistura alegre e confiante
Para o mundo não esquecer
Que encontra em nós um amante
Esse mundo precisa de gente laboriosa
Gente terna lutadora e confiante

Daniel Costa

domingo, 16 de maio de 2010

Poema


O MEU CACHIMBO

Seria por graça usar cachimbo
Talvez snobismo fingidor
Já havia passado pelo limbo
Queria parecer escritor com ares de investigador
Amava a Damiana
Amor platónico poderia ser com pudor
A mulher bonita com ares de sultana
Nunca soube como sabia
Deu instruções a bonita Damiana
Era linda de morrer e o coração a bater
Desejaria poder amar essa sultana
Continuei sempre a dedicar-me a escrever
A gravar o que pensava
Porém, esse platonismo iria perecer
O meu cachimbo mais algum tempo durou
O oriental odor a tabaco
Sem o incentivo do amor platónico
Sem aquele amor teutónico acabou
Em boa hora fora tomada a decisão
A interessante experiência terminou
A vida foi sempre assim
Tudo se passou e quando germinou
Deixou gostosa sensação
Foi como o tabaco que se fumou

Daniel Costa


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Poesia


OBRIGADO RENATA




A EMBOSCADA

Acordou-se naquela madrugada
Não houve qualquer toque de cornetim
De imediato se tomou a picada
O anjo azul fez uma pausa na alegria
Passava-se numa curva apertada
Eram cinco de Abril, do covil
Saíram muitos disparos era uma emboscada
Quarenta e nove minutos durou a peleja
Despontava a alvorada
Era a guerrilha em África
A tropa ripostou forte, ainda que ensonada
Ainda estava longe o Mucondo
Era a guerrilha em África, era uma emboscada
Acudiram helicópteros, chegaram aviões
Era a picada onde se encetava a rota para o sul
Os aviões, no capim, na mata lançaram canhões
O mundo sossegara, pairara de novo o anjo azul
Seguiu-se à emboscada
O céu, a atmosfera cinzenta negra
E uma ininterrupta chuvada
O caminho, o trilho do inferno
Durou até à seguinte madrugada
Até Mucondo meia dúzia de defuntos
Seguiam escoltados em carrada
Parou-se, apetite tanto
Em Mucondo tudo se esgotou, até a goiabada
Em estrada macadamizada esvoaçava o anjo azul
Despontava nova alvorada
Vislumbrava-se o sonho Luanda e a zona sul

Daniel Costa

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Poema




O AMOR PASSOU

Foi como um furacão que passou
Aquele amor que tanto prometeu
Amor de Primavera, apenas um dia durou
Um dia… que mais sei eu
Numa tarde primaveril a ave pairou
De risonho o mafarrico, passou a escuro como breu
O ego, pareceu cego, porém investigou
A loucura da ave, como que adormeceu
Quando ia alta a madrugada o sonho acabou
Era sonho, o ambiente escuro como breu
Talvez um pesadelo, que de imediato findou
Esvoaçava a ave, como Julieta ao ver Romeu
Vertigem de curta duração
O mundo a estremecer pareceu
Era vertigem de doentia imaginação
Era noite primaveril e estava eu
Qual Hércules a suster o furacão
Há muito saíra do liceu
Clareou o céu nublado, ambiente amaro como limão
Antes que o mundo seja completo vale de lágrimas
Lutemos, contribuamos com a nossa lição
Antes de trincarmos amargas
Abramos o coração

Daniel Costa

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Poema




AMOR POR CORRESPONDÊNCIA

Não se trata de doença
Que fique claro, não foi raro
O Amor por correspondência
Se hoje se pode namorara a toda a hora
Com um teclado e um vídeo chega-se,
Chega-se a outro continente sem demora
Há pouco, no século passado
Uma carta com juras de amor
Demorava dias a chegar a outro lado
Em cartas fiz chegar ardor a uma pequena
Num Domingo viajei a Milagres
Aconteceu o meu e o coração e o da morena
Não se encontrarem sintonizados
A viagem serviu apenas para terminar a cena
Deuses e deusas e as guerras?
Imensos amores por correspondência
Tantas quimeras
Tantas travessias do oceano
Tantas frustrações no cais das esperas
Tal como o vídeo de hoje é uma ciência
Amou-se viveu-se e vibrou-se
Com o mel do amor por correspondência
Por carta muito de amou
Em de delírios de sonhos e desvelos
Afinal muito se sonhou
Foi um mundo de sonhos
Que acabou
Questionarei, por bem
Como numa canção do século passado
Cartas de amor quem as não tem?

Daniel Costa

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Poema



MANHAS

Nada de confusões
Não pactuemos com falsidades
Manhas semeiam ilusões
Não confundamos manhas
Com mundos atraentes
Com radiosas manhãs
Manhas podem ser isco
Para cruéis patranhas
De mentes infiéis
Pouco ou nada humanas
A desumanidade e a maldade
Podem esconder,
Por vezes escondem mediocridade
No universo profundo
Neste de putrefacta insanidade
Onde entre inteligente bondade
Passa incólume e encoberta
A patranha fruto da mediocridade
Sagazes inteligências
Não servem alinhamentos de indignidade
O mundo apresenta-se louco
Tanta manha, tanta desumanidade
Devemos reflectir um pouco
Dizer com profundidade
A quem nos governa:
Não esqueçam a humanidade
Merece, quem os vem sustentando
Com tamanha bondade

Daniel Costa


quarta-feira, 5 de maio de 2010

Poema




EU AMO VOCÊ

A frase - eu amo você
Deveria ser eterna canção
Tem vocábulos bonitos como se vê
Amar todo o mundo é profundo
Gostar será mesmo amar
Comecemos por nós e estaremos certos no rumo
Dirigir a frase um qualquer humano
É um ideal a cultivar, é certo, é sumo
Eu amo você
Como você deverá amar, no fundo
Se você se amar, ama cada um bem se vê
Como a frase é simples de pronunciar
Como cai bem o, eu amo você!
Com todo o semelhante
Não haver preconceitos
De todo o universo ser amante
Devemos sempre amar e fazê-lo soar
A cada semelhante, em cada instante
Aparecerão os que invejam
Que importa! Estamos a dar exemplos
Aos desajustados que também o desejam
Mostram que não se amam a si mesmos
Desejemos-lhe o que almejam
Eu amo você, digo com fervor
Que o mundo e todos assim amem e desejam
Amem a si mesmos
O trilho para, que amar e gostar vejam

Daniel Costa

domingo, 2 de maio de 2010

Poema





POEMA OÁSIS

Numa outra galáxia a viajar
Parecia estar noutro país
Seria a sonhar?
O país parecia do outro mundo
Parecia ser governado por talassas
A quererem levar o país ao fundo
No desértico calor havia quem avistasse um oásis
Naquela galáxia havia incongruentes
A quererem mostrar prosápia de audazes
Na galáxia avistei outros países
Seus senadores menos vorazes
Escutavam o saber do povo
Governar com e para ele tentavam ser capazes
O oásis era uma grande miragem
Uma visão que depressa se escapou
Na invernosa, poderia dizer calamitosa
Era a derrapagem que por artes demoníacas passou
Naquele oásis de sonho balofo a parecer moderno
O povo mais autonomia perdia
Mais uma vez os rapazes não mereceram o Inferno
Guardavam as benesses que entre si distribuíam
Promoviam o futuro num mundo moderno
Onde a vida para muitos
Teria um futuro cinzento como dias infernais de Inverno
Banalidades, mesmo insanidades
Acabarão no eterno
Se soubermos deixar bons exemplos
Formar a sociedade dum mundo verdadeiramente moderno
Onde não seja necessário sonhar com outra galáxias
Ou com fogos fátuos do inferno

Daniel Costa

SELOS OFERECIDOS PELA AMIGA SARITA, DO BLOG SAM, A QUEM FICO GRATO. REPASSO AOS AMIGOS.