A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

quarta-feira, 30 de julho de 2014

POEMA BRANCO E NEGRO



Até há cerca de cinquenta, era no prédio vermelho, à esquerda que existia o Café Lisboa, que deu origem ao título do meu primeiro livro: LISBOA CAFÉ. Em frente, na embocadura, o Parque Mayer, tudo de grandes tradições, onde funcionavam vários teatros de Revista à Portuguesa, onde atuaram bastante artistas brasileiros, por temporadas,
Comecei a trabalhar na Ginjinha Avenida, no mesmo prédio de Café Lisboa. A razão do título.


BRANCO E NEGRO   
Posso dizer íntegro
Do meu livro “Lisboa Café”
Branco o Negro,
Capítulo a tanger como oboé
O futuro escritor integro,
Recordo; em epígrafe!
Da recordação me alegro!
Trilhava o caminho da contrafé
Branco e Negro,
Editora de boa-fé,
À decoração, a taça ainda; ergo!
Lisboa Café…
Lisboa Café…
Lisboa Café!...
Belas – Nuances - Enxergo!
Quantas de má-fé?
Branco e Negro!
Lisboa Café!
Ao trocadilho, me vergo,
De Café Lisboa, pois é!
Branco e Negro!
Acorram em procura da história que encerra o livro Lisboa Café!
Vale senhores Montenegro? 

Daniel Costa


 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

POEMA A AVE E A DONINHA

 



A AVE E A DONINHA           
Fiz chô, coisa minha!
Ao ver o precipitar da ave
A ave e doninha
Pareceu conclave
Pela única vez vi a vizinha
O seu poder hipnótico suave
À distância a promover a adivinha,
Acontecimento grave,
Para onde se precipitava a avezinha!
Dessa vez, voou sem entrave
Veloz como andorinha
Cena bucólica, sem trave,
A que presenciei, na idade rainha
Estava a suceder, da natureza, uma rave
Que daria lugar a exercício de patinha
Porém o efeito seria grave
 Mata-se para comer, não se olha à gracinha
De no céu se ver o esvoaçar da ave
Tanto mais que a doninha,
A meu ver, pareceria mais suave,
Hipnotizar, outros predadores, da sua linha
Quem terá visto na natureza, este milagre?
A ave a ser hipnotizada pela Doninha!
A ave e a doninha!

Daniel Costa
 

 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

POEMA AMORES IMPOSSIVEIS


 
AMORES IMPOSSÍVEIS
 
Amores irremissíveis
De todo resistentes
Amores impossíveis
Contra tudo; coerentes
Denodados, indiscutíveis
Perante inconscientes mentes
Fazem para os tornar falíveis
Com as suas mentes incoerentes
Mentes sórdidas, incorrigíveis
Competindo em estados potentes,
Amores inesquecíveis
Outrora à mercê de prepotentes
A história os tornou imperecíveis
Algozes mascarados de incompetentes
Na era da globalização, continuam insensíveis
A que hajam mais duplos suicídios iminentes,
Novo Tristão e Isolda infalíveis,
Infalíveis e bem salientes
Amores impossíveis!

Daniel Costa

terça-feira, 22 de julho de 2014

POEMA TOM DE CRITÉRIOS


 
TOM DE CRITÉRIOS
Sem mistérios
Com ou sem harmonias
Tom de critérios
Intensões dúbias
Olhares sérios
Sempre com vénias
Invocações de presbitérios
Falas exímias
Espíritos adulatórios
Se necessário demagogias
Introitos introdutórios
Explanações sem fobias
Objetivos laudatórios
Ausência de anomalias?!
 Efeitos ilusórios
Consequências fugidias
Seguidas de despautérios
Quando chegam melhorias?
Crentes em critérios?
Más consequências milenárias
Tom de critérios
Os há já preparados para avarias!

Daniel Costa



 
 

sábado, 19 de julho de 2014

POEMA O ELO



O ELO   

Vejo o modelo
Sinto-o exemplar
Singelo, é o elo!
A fazer exultar,
Pensando em paralelo
O amor a realçar,
A princesa no castelo
Vestes de dançar!
Para o amor ter selo,
Para ele se apaixonar
Ser um modelo,
Modelo de amar
Câmara de violoncelo,
Para o mundo a cortejar
Amor de zelo!
Eternamente a fadar
O frade capelo
A acompanhar, até ao altar
O elo,
O par a orar!
O elo,
O elo terno, a ficar! 

Daniel Costa


quinta-feira, 17 de julho de 2014

POEMA A LOUCURA DA FELICIDADE


 
A LOUCURA DA FELICIDADE

Ao longo, da vida, da idade
Algo realizar, dizem ser loucura  
Julgo não ser total verdade      
Direi antes, salutar procura,    
Desejo de elevar a capacidade
Desejo de nos elevar sem impostura
Com a mente sempre em permanente atividade
Ter permanente visão de arquitetura,
Nunca perder a razão da felicidade
Encontrar no carisma armadura
Lutar contra a preguiça mental, essa infertilidade,
Que o mundo abjura e atura
Exemplifiquemos nós, com a nossa capacidade
 Pugnemos por um mundo de brancura,
Mostremos os nossos feitos com amabilidade,
Ainda que imaginem; realizar seja loucura!
Estejamos virados para a posteridade!
Num hoje de laboriosa candura,
Encarando dificuldades com tenacidade,
A inevitável e mordaz censura!
A loucura da felicidade!

Daniel Costa

segunda-feira, 14 de julho de 2014

POEMA A ESCRITORA

 
A ESCRITORA   

 
 
Poderá ser encantadora
Escrever sobre a Lusofonia
Desse movimento ser portadora
Da literatura; a maior valia,
A de expressão Lusa! Lutadora,
Me junto a ela sem fobia,
Fazer como Camões outrora!
Cuidemos de no mundo ter autonomia
Ano da Copa no Brasil; reivindiquemos a hora
Em dois mil e catorze, livros, cultura, senhoria,
Em Estados do Nordeste, três meses foi a demora
Foi paga via aérea, que vergonha, que ironia!
Livros a demorem a chegar, como a construir estádios agora!
Poetas, escritores; gritemos à porfia
Para que se entre numa Primavera voadora
A lembrar este mundo da Lusofonia
Que deve voar rápido a mostrar a sua ponte criadora
Pensemos no nosso mundo em sintonia,
Em sintonia com o agora!
De agora, outra via!
Em mil e quinhentos se criou um espaço linguístico que vigora,
Senhores governantes; acabemos com a mediania!
Para tornarmos, a cultura aglutinadora,
Sem essa seremos sempre a disfonia
A literatura; será do nosso mundo - Redentora!
Nunca mais se faça esperar a soberania,
De leitores, duma escritora! 

Daniel Costa


 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

POEMA MAR DA PRAIA DE DEL'REY







MAR DA PRAIA DE DEL’REY

Sempre sorrirei
Ter nascido e vivido num monte
Mar da Praia de Del’Rey
Sempre via a Serra no horizonte
De antigas glórias, hoje sei
Do meu quintal, defronte
Observava a mansão da Serra Del’Rei,
A mansão amuralhada como diamante
Senhora do Mar; sabes da grei?
Da figura que foi linda mulher amante?
Do príncipe D. Pedro que viria a ser Rei
Antecedeu-o seu pai D. Afonso IV, dele discordante
Mar da Praia de Del’Rey
Praia rodeada de bons coutos de caça; adjacente
Eu próprio vislumbrei!
Senhora do Mar; tudo muito convincente
D. Inês de Castro em jeito de astro rei
A heroína do amor, em Portugal, abarcante
Quantas histórias marcam a Serra? Contar, jamais saberei!
Desde a prebenda, vivificante
De D. Afonso da primeira dinastia, nosso rei
Da pouco citada, ali a vida real itinerante,
De D. Inês de Castro, que morou na Serra de Del’Rei
Século XIII, quando Gualdim País a tornara mareante
Figurou sempre na história, da Quinta das Lágrimas, estudei:
- O seu martírio, do amor marcante!
Depois de morta, tornada rainha, pelo que seu amante aclamado rei!
Rainha póstuma, cuja história ficou vivificante!
Nas suas sepulturas, ver desejarei!
No dia do Juízo final, se erguerão, bis-à-bis atuante
Do mais famoso amor de Portugal, depois de séculos, meu Frei!
Do Mosteiro de Alcobaça, governante!
Da cidade de Peniche - Serra, de El’Rei!
Em tudo diferente: Mar da Praia de Del’Rey!
Porém algo menos conhecido dos amores de Pedro e Inês, revelei! 

Daniel Costa

 


 

domingo, 6 de julho de 2014

POEMA MAR DAS PRAIAS DE CABO FRIO


 
 
MAR DAS PRAIAS DE CABO FRIO  

Imaginei ter férias de compadrio
No outro lado do atlântico
Mar das Praias Cabo Frio
Mundo do Brasil quiromântico,
Do espaço ameríndio
Senhora do Mar; falo do romântico
Cerca de seis mil anos, dos nómadas de brio!
Ali aportarem no espaço labiríntico
Quem sabe onde e quando estreitou o rio?
De quantas gerações é o cântico?
Mar das Praias de Cabo Frio,
Cidade de amor semântico
De praias, das de mais enleio
Em face dos brancos areais, analítico
Senhora do Mar; tudo é luzidio
Sol, mar, praias, a natureza a lembrar o gótico
Acrescente-se beleza, é óbvio!
Como não gostar do exótico?
Mar das Praias de Cabo Frio! 

Daniel Costa

 




 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

POEMA MAR DA PRAIA DA QUARTEIRA


 
 
MAR DA PRAIA DA QUARTEIRA 

Sonhei viajar numa canhoeira
Tinha passado ao largo de Faro
Mar da Praia da Quarteira
Cidade ampla; como amparo
Ambas tendo com o mar fronteira
Mundo admirado, sem reparo,
Pela legião estrangeira
Areal de dois quilómetros, píncaro
De praia lagosteira
De mariscos bivalves sem reparo!
Cardápio de restaurantes, como feira
Senhora do Mar; há manjar opíparo!
Depois de sossegar na esteira
Depois de no mar adentrar, tão caro
Ser bafejado com serenidade de albufeira
Num mar tão apetecível e claro
Mar da Praia da Quarteira
Mar de luz areal; reluzente, raro!
Senhora do Mar, perto a alfarrobeira,
O campo, a sombra; aro!
Mar da Praia da Quarteira
Perto do internacional aeroporto de Faro! 

Daniel Costa