A MINHA POESIA - A MINHA VIDA

quinta-feira, 31 de março de 2016

POEMA QUANDO EU FUI ORÇAMENTISTA



QUANDO EU FUI ORÇAMENTISTA
 
Entre artistas, sê artista,
“À terra onde fores ter…
Quando fui orçamentista
… faz como vires fazer”
Ainda que vanguardista
Sempre a conjugação reter,
Como pedra de ametista,
Não recear a procura de prazer
Do trabalho se deve ser altruísta,
Assim devemos compreender,
Assim, aceitei ser orçamentista
De arte viver e entender
Por cada obra fazer lista,
Relações públicas prever,
Interagir com cada gráfico artista,
Num universo de antedizer:
- Construir com vários pontos de vista,
Cada homem com prazer, de predizer
Foi assim que conduzi tudo à vista
Transmitindo e dando prazer,
Quando fui orçamentista.
 
Daniel Costa
 

domingo, 27 de março de 2016

POEMA QUANDO EU FUI VINHATEIRO



QUANDO EU FUI VINHATEIRO
 
Era então poeteiro,
Ao tempo bom cristão
Quando eu fui vinhateiro
Laborava até à exaustão
Ou seja o dia solar inteiro,
Na poda iniciava a gestão,
Na empa seguia o roteiro,
Na cava discutia a digestão,
Na sulfatagem, fui timoneiro,
No tratamento a enxofre glutão,
Na espera da vindima, ceifeiro
Fazia de tudo, até de saltitão
Apareciam as uvas no outeiro,
Primeiro as brancas, apertão!
Brancas e tintas como pisteiro,
Depois de colhidas, eu valentão
As mordia e ganhava dinheiro
No lagar descalço fazia vistão
A bica a sangrar, por inteiro,
Depositar no casco, bonita ocasião
Quando eu fui vinhateiro.
 
Daniel Costa
 
 
 
 

POEMA QUANDO EU FUI CONSULTOR


quarta-feira, 23 de março de 2016

POEMA QUANDO EU FUI CONSELHEIRO











QUANDO EU FUI CONSELHEIRO

Depois de ser cocheiro
Enveredei pela literatura
Quando eu fui conselheiro
Segundo a nomenclatura
Porém como companheiro
De límpida assinatura
Congruente penicheiro
Transparente colegiatura
Reto e ereto como amieiro
Privilégio de arquitetura
Conceção de biscateiro
Jornalismo de cobertura
Alegre, prazenteiro
Visando a conjuntura
Sagacidade de Cordeiro
Abrangente desenvoltura
Da notícia garimpeiro
Trabalhada como floricultura
Quando eu fui conselheiro.

Daniel Costa

 

domingo, 20 de março de 2016

QUANDO EU FUI CRIADO DE LAVOURA







QUANDO EU FUI CRIADO DE LAVOURA
 
Foi em Miragaia de outrora,
Freguesia na Lourinhã, de Lisboa
Quando eu fui criado de lavoura
Servia o patrão e a patroa
Dormia junto da manjedoura
Oh vida! Que tudo perdoa!
Tudo perdoa, tudo doura!
Nada de destinos, destinos à toa!
Iniciação a vidas de soltura,
Das mensagens sem névoa,
Tenacidade dura, de escultura
Qual folar, prémio de Páscoa,
Miragaia viva e promissora,
Lá eu fui criado de lavoura!
De recordações, a minha vida povoa
Quando eu fui criado de lavoura!

Daniel Costa
 
 
 

quinta-feira, 17 de março de 2016

POEMA QUANDO EU FUI DIRETOR LITERÁRIO







QUANDO EU FUI DIRETOR LITERÁRIO

Antes trabalhei de agrário,
Antes e sempre trabalhador
Quando eu fui Diretor literário
Eterno lutador e encaminhador
Visando traçar itinerário,
Feliz, moralizador e sonhador
Lutador eficaz temerário,
Eficaz, destemido, arejador
Objetivando criar belo cenário
Crendo na eficácia de criador
Criando rastos de documentário
Visando respeitos de triunfador
 Usando capacidade sem formulário
Mente reluzente de aquietador
Cariz de ardor hereditário
Caminhos largos de calcorreador
Desenvolvendo sem mostruário,
Neste mundo, de tenaz luta, debilitador
Quando eu fui Diretor literário!

Daniel Costa

 


terça-feira, 15 de março de 2016

POEMA ANJO DO PUNDONOR



ANJO DO PUNDONOR
 
Imaginemos um lá menor,
Nas vozes do angélico coro
Anjo do pundonor
Se destaca como meteoro,
Na sensatez de pormenor
Voz eloquente de namoro
Nos tempos de barítono e tenor
Em coro triunfal e sonoro
Anjo do pundonor
Não necessita de antecoro
Dádiva de amor e primor
Quente, fogoso e inodoro
Coral, de insistente rigor
Comunicador, contumaz, canoro
Anjo do pundonor!
 
Daniel Costa
 

sábado, 12 de março de 2016

POEMA QUANDO EU FUI MARISCADOR



QUANDO EU FUI MARISCADOR
 
Dizia-se pescador
Mesmo de negaça
Quando eu fui mariscador
A saltitar sem barcaça,
Procurando indicador
Na procura de fumaça
Algo descodificador
Caminho de frutífera caça,
De marisco multiplicador
Assim a motivação se enlaça
 Num olhar faiscador
A fazer chalaça,
Engodo especificador,
Não parecer ameaça
Quando fui mariscador
Procurava captação que satisfaça
Em encontro com trovador
Cuja pergunta embaraça
 Não valia ouvidos de mercador,
Voz amarelaça,
Quando eu fui mariscador.
 
Daniel Costa

 

quarta-feira, 9 de março de 2016

POEMA O ACASO É O DEUS DOS LOUCOS



O ACASO É O DEUS DOS LOUCOS
 
Imaginemos um esboço de soluços,
Também a designação acasos,
O acaso é o deus dos loucos
Procuremos caminhos honrosos
 O acaso só pode estar em balouços
Chauvinista, é de ideais melindrosos,
De ideais ultrapassados, caducos!
Perigosos, caminhos perniciosos
O acaso é o deus dos loucos
Pode ocasionar segmentos desastrosos
Tendência de vassalos mamelucos
Deslizando em terrenos tortuosos,
Podendo vir a configurar roucos
Velocidade de desejos faustosos
O acaso é o deus dos loucos,
Confiar, dará resultados perversos.
 
Daniel Costa
 

 

 

 

domingo, 6 de março de 2016

POEMA NÓMADA FLUENTE DIGITAL



NÓMADA FLUENTE DIGITAL
 
Imaginemos um edital
Édito anormal e nómada,
Nómada fluente, digital
Pronto a atender a chamada
Ainda que seja zenital,
Da terna e eterna amada,
Do novo mundo interdigital,
A configurar alvorada
Elipse estrutural e orbital
Da celeste abóbada
Em galáxia intercontinental
Agridoce, amendoada
Rastos de luz e cristal
Cariz de musical balada
Nómada fluente digital!
Sopro, evidente baforada,
Cerimonial em forma dialectal,
Forma assaz brejeirada
Postura pura e vertical
Diligente caminhada,
Nómada fluente digital.
 
Daniel Costa
 
 

quinta-feira, 3 de março de 2016

POEMA BANCA - BANCARROTA



BANCA – BANCARROTA
 
Sonho de garota
Nos valha o CEO!
Banca - bancarrota
Passado o apogeu,
Ficou apenas o agiota
Previsibilidade, tudo feneceu!
O governador ficou a olhar a gaivota
Veio o Ceo, tudo estremeceu
Ficou a eterna anedota,
 Com menos do que venceu,
Continuando a pagar, para gerir a frota
 Do direito, o povo é pigmeu?
Ou o fazem académico da derrota?
Com legislação, fazendo do povo réu!
Dele o mundo ri, faz chacota
Foi o que na academia se aprendeu?
Dos depósitos almeja quota
Que vejo eu? Um jubileu!
Depositar debaixo do colchão, janota,
 No baú como Caldeu!
O ó da banca, que vá ao Totta!
Nos valha um CEO!...
 
Daniel Costa